Para melhorar a comunicação corporativa é preciso,
primeiro, reestruturar seu papel na estratégia de negócio. Hoje, em muitos
casos, tal área fica erroneamente em segundo plano, atrelada a ações e setores
pontuais. O correto é vincular a comunicação diretamente ao planejamento
estratégico de formação da imagem empresarial, ganho de valor da marca no
mercado e geração de produtividade, competitividade e receita – ou seja, aos
resultados de negócio.
A chamada “Era da Informação” evidencia que o mercado é
sedento de informação: previsões da Cisco apontam que o total de dados na
Internet crescerá quatro vezes ainda em 2016, superando a marca do zettabyte
(medida que equivale a um sextilhão de bytes), enquanto o Gartner indica que o
volume de dados vai crescer 800% nos próximos cinco anos, a Forrester Research
mostra que a massa de informações nas empresas cresce, em média, 61% ao ano e a
Pitney Bowes projeta que haverá mais de 50 bilhões de dispositivos conectados à
Internet até 2020.
Em meio a isso, entra em cena a “Era do Consumidor”,
conceito consolidado sobre a experiência de compra cada vez mais ditada pelo
cliente, que ganhou poder de comparação e avaliação de marca, muito em função
das Redes Sociais, e que transformou o ambiente de negócios em plataforma multimeios,
exigindo das marcas presença omnichannel – no ambiente físico e online. Prova
disso é o levantamento Connected Life, realizado junto a mais de 60 mil
consumidores em 50 países, que indica que 88% (quase 9 a cada 10) dos
entrevistados no Brasil realizam pesquisas na Internet antes de comprar em loja
física e 68% decidem na web as aquisições que efetivamente farão offline.
Participar deste cenário com conteúdo de qualidade,
tornando-se referencial informativo em meio ao mar de dados e construindo
imagem que atraia pela credibilidade, respaldo e excelência é imprescindível
para as organizações que visam a manter-se competitivas. Para tanto, é preciso
comunicar – o mercado consumidor não aceita mais organizações que não falam com
ele, que não interagem com seu campo de visão e audição, que não criam canais
para receber e responder às demandas da sociedade e de cada cliente. Saber se
expressar é, sim, obrigatoriedade corporativa.
A comunicação bem feita está diretamente relacionada à
geração de resultados de negócio. Para que isto aconteça, precisa abranger
todas as áreas da organização de forma a lapidar processo saudável
internamente, que culminará em engajamento e motivação, resultando no
fortalecimento de uma imagem sólida para o mercado.
A clareza e o sucesso da mensagem passada ao mercado
depende, impreterivelmente, da participação de todos os entes da empresa no
processo de comunicação. Desta forma, a comunicação interna é tão importante
quanto a comunicação externa, e canais de endomarketing, comunicação entre
departamentos e profissionais precisam ser conduzidos por especialistas,
principalmente para que se alinhem à estratégia de geração de produtividade e
lucro, e para que estejam integrados ao plano de comunicação geral, somando
forças com ações de assessoria de imprensa e gestão de mídias sociais, por
exemplo.
Quanto melhor a comunicação interna da empresa, maior a
motivação, o engajamento e, consequentemente, a produtividade. Objetivos cuja
conquista tem real impacto, visto o poder destrutivo do contrário: pesquisa da
Aon Hewitt feita junto a 400 mil profissionais de 258 organizações globais
mostra que um colaborador desengajado pode custar US$ 10 mil no lucro anual, em
média.
Quanto melhor a comunicação externa da empresa, maior o
valor agregado a seus produtos, serviços e profissionais. Quanto maior o ganho
de imagem, maior a fixação na mente do consumidor. Quanto mais interação com o
mercado, mais vantagem competitiva.
A comunicação promove a coesão interna, melhorando
processos e resultados de negócio, e aumenta a visibilidade pública, ampliando
o conhecimento da marca e gerando necessidades por suas ofertas.
Vivemos uma mentalidade do “querer saber”. O consumidor
quer saber tudo sobre as marcas de sua preferência, a concorrência quer saber o
que está sendo feito para verificar pontos de melhoria, empresas e governos
querem saber o que a sociedade pensa, a sociedade quer saber como tais entes
podem contribuir para sua estruturação e vivência.
A troca de experiências com todos os envolvidos na geração
de negócios – colaboradores, gestores, fornecedores, parceiros, clientes e
comunidade - é saudável e recomendável. E se dá por meio de estratégias e
instrumentos de comunicação.
Qualidade, autenticidade, engajamento social,
credibilidade, competitividade: estes são alguns dos ganhos principais trazidos
pela boa comunicação empresarial. É neste trabalho que reside a geração de
imagem com controle de riscos, a garantia de visibilidade sem vulnerabilidade.
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