segunda-feira, 16 de maio de 2016

Crédito para financiamento imobiliário despenca



Considerado um dos setores mais importantes da economia, responsável por cerca de 10% do Produto Interno Produto (PIB) nacional, a cadeia da construção civil também vem sofrendo com o agravamento da crise econômica. Dependente de dinheiro público e privado para financiamento de imóveis, o setor viu despencar as linhas de créditos neste ano. De janeiro a março de 2016, o volume liberado foi de R$ 11 bilhões – média mensal de R$ 3,66 bilhões -, o que representa cerca de 10% dos recursos liberados no mesmo período do ano passado. Em 2015, foram R$ 30 bilhões por mês, totalizando R$ 360 bilhões no acumulado de 12 meses.
De acordo com o presidente do Conselho Regional de Corretores de Imóveis (CRECI) no Estado de São Paulo, José Augusto Viana Neto, que recentemente esteve em Campinas para falar sobre o setor para empresários da região, apesar da forte desaceleração de recursos concedidos, o quando de hoje ainda é bastante positivo, se comparado ao ano de 2004, quando o setor da construção civil vivia um dos piores momentos, com quase duas décadas sem recursos para obras. Em 2004, com a virada positiva, o setor recebeu R$ 6 bilhões em crédito imobiliário dos agentes financeiros, volume que veio em uma crescente desde então.
Para Viana Neto, vale lembrar que em 2015, o pior ano para a cadeia da construção, houve um total de R$ 360 bilhões em recursos destinados a financiamentos de imóveis no País. Segundo ele, apesar do momento atual, a tendência é que os recursos voltem a aparecer em grande volume a partir do segundo semestre deste ano, com maior força em 2017. “Quem não depende de governo nem bancos está ganhando dinheiro”, disse.
Na sua visão, os empresários do segmento da construção civil já devem começar a traçar seus planos de investimentos, de olho em 2017, projetando lançamentos para atender a demanda que ficou reprimida nos últimos anos.


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