Considerado um dos setores mais importantes
da economia, responsável por cerca de 10% do Produto Interno Produto (PIB)
nacional, a cadeia da construção civil também vem sofrendo com o agravamento da
crise econômica. Dependente de dinheiro público e privado para financiamento de
imóveis, o setor viu despencar as linhas de créditos neste ano. De janeiro a
março de 2016, o volume liberado foi de R$ 11 bilhões – média mensal de R$ 3,66
bilhões -, o que representa cerca de 10% dos recursos liberados no mesmo
período do ano passado. Em 2015, foram R$ 30 bilhões por mês, totalizando R$
360 bilhões no acumulado de 12 meses.
De acordo com o presidente do Conselho
Regional de Corretores de Imóveis (CRECI) no Estado de São Paulo, José Augusto
Viana Neto, que recentemente esteve em Campinas para falar sobre o setor para
empresários da região, apesar da forte desaceleração de recursos concedidos, o
quando de hoje ainda é bastante positivo, se comparado ao ano de 2004, quando o
setor da construção civil vivia um dos piores momentos, com quase duas décadas
sem recursos para obras. Em 2004, com a virada positiva, o setor recebeu R$ 6 bilhões
em crédito imobiliário dos agentes financeiros, volume que veio em uma
crescente desde então.
Para Viana Neto, vale lembrar que em 2015, o
pior ano para a cadeia da construção, houve um total de R$ 360 bilhões em recursos
destinados a financiamentos de imóveis no País. Segundo ele, apesar do momento
atual, a tendência é que os recursos voltem a aparecer em grande volume a
partir do segundo semestre deste ano, com maior força em 2017. “Quem não
depende de governo nem bancos está ganhando dinheiro”, disse.
Na sua visão, os empresários do segmento da
construção civil já devem começar a traçar seus planos de investimentos, de
olho em 2017, projetando lançamentos para atender a demanda que ficou reprimida
nos últimos anos.
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