Terceiro maior desejo de consumo dos
brasileiros, o plano de saúde particular está ficando cada vez mais distante
dos campineiros. Nos últimos doze meses, quando a crise começou a se agravar e as
demissões se intensificaram, cerca de 60 mil usuários deixaram de ter um plano
de saúde em uma das cidades mais ricas do País. Somente no primeiro trimestre
deste ano as empresas perderam 6,7 mil clientes.
Os números revelados pela Agência Nacional de
Saúde (ANS) são apenas de titulares dos planos, o que significa que o número de
campineiros que estão descobertos pode ser muito maior, dependendo do número de
dependentes de cada família. De acordo com a entidade, Campinas possuía 605,2
mil beneficiários em março - 51,9% da população de 1,1 milhão de habitantes. Um
ano atrás, eram 665,2 mil clientes.
Segundo o Ministério do Trabalho e Emprego
(MTE), Campinas acumulou 193,4 mil demissões no período avaliado, ante 174,1
mil admissões. Com isso, 19,2 mil vagas foram fechadas. Para o IESS, o preço
dos planos não deve variar por causa dos reflexos gerados pela crise
financeira.
Na Região Metropolitana de Campinas (RMC), formada
por 20 municípios, os planos perderam 100,3 mil clientes desde março do ano
passado, sendo 15,4 mil no primeiro
trimestre de 2016.
A perda de plano privados tende a agravar
ainda mais a área de saúde pública na região, uma vez que este contingente de
pessoas tende a buscar serviços na rede regional, que já vive um colapso e
sofre com a queda de qualidade nos serviços e atendimentos.
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