Depois de viver a euforia dos consumidores,
beneficiados com o aumento de renda, as companhias aéreas brasileiras estão
tendo de conviver com um novo cenário. A crise econômica derrubou a demanda por
viagens nos últimos meses. Já são nove meses de retração, sendo que em Março a
queda chegou a 7,3% quando comparada ao mesmo mês do ano passado. Diante das
perdas, as empresas estão buscando formas para reduzir dívidas e equilibrar
seus orçamentos.
A Azul
Linhas Aéreas Brasileiras, terceira maior empresa do setor
no Brasil em número de passageiros, com sede em Campinas, já havia retirado 17
aeronaves de sua frota desde o final do ano passado. Mas, a decisão não foi
suficiente. Na semana passada, a empresa anunciou cortou mais sete aviões, além
de cancelar a compra de dois Airbus A350, previstas para 2018.
“O setor hoje não está saudável. O setor está
doente. Está diminuindo de tamanho e não é só por causa da crise. É que chegou
num limite de rentabilidade”, disse o presidente da Azul Antonaldo Neves, em
entrevista ao portal Exame.Com.
No Aeroporto Internacional de Viracopos, em
Campinas, o cenário não é diferente do quadro nacional. No ano passado, de
acordo com balanço da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), houve uma forte
retração de passageiros que embarcaram e desembarcaram pelo aeroporto, passando
de 9.688.905 (em 2014), para 9.264.997 (no ano passado).
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