As obras de duplicação da ferrovia
Campinas-Santos, iniciadas em 2011, entraram na reta final. Com investimentos
que somam R$ 730 milhões, o principal corredor ferroviário de exportação do
País terá sua capacidade ampliada a partir deste ano, informa a Rumo, maior
concessionária de ferrovias do País, que opera a Malha Paulista.
Os trechos duplicados vêm sendo liberados
gradualmente para o tráfego ferroviário. Com a duplicação, a capacidade da
ferrovia poderá aumentar 3,5 vezes – de 2 milhões para 7 milhões de toneladas
ao mês –, dependendo de outros investimentos nas estruturas de acesso aos
terminais e em novas moegas ferroviárias.
O projeto de duplicação resultou na
construção de segunda via em 204 quilômetros dos 264 da ferrovia
Campinas-Santos. Cerca de 19 quilômetros cortam regiões de relevo acidentado e
continuarão sendo percorridos em linha simples. Outros trechos foram duplicados
antes das obras executadas nos últimos cinco anos.
A última fase da duplicação ferroviária
refere-se a 38 quilômetros distribuídos em dois trechos: de Embu-Guaçu a
Evangelista (próximo à cidade de São Paulo) e de Paratinga a Perequê (na região
de Cubatão). A execução desta fase começou em abril de 2014, após emissão de
licença pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
Renováveis (Ibama). Uma obra de 2,5 quilômetros, na região de Cubatão, encerrou
a construção ferroviária em junho.
Os investimentos continuam, para a construção
de quatro passarelas, muros de segurança e nove viadutos para eliminação de
cruzamentos com ruas. A ferrovia Campinas-Santos corta 16 municípios e, para a
duplicação, foram construídos um túnel e 35 pontes e viadutos.
O transporte de grãos deverá aumentar 85% em
dez anos, de 15 milhões de toneladas, registrados em 2015, para 28 milhões de
toneladas, em 2025, segundo estimativas da Companhia. Esse incremento beneficia
principalmente o escoamento da produção de soja e milho de Mato Grosso e de
açúcar do interior de São Paulo.
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