quarta-feira, 8 de abril de 2015

Região de Campinas na rota de investimentos no setor de saúde



Com a experiência de mais 100 captações de investimentos para o Estado de São Paulo a Investe SP, agência de fomento do governo do Estado, pretende atrair grandes grupos mundiais da área da saúde, com comprovada eficiência produtiva, tanto na gestão como em toda a cadeia, incluindo novas tecnologias, pesquisas, inovação e saúde suplementar. Dentro desse novo plano, a Região de Campinas larga na frente. Dos três grandes investimentos já anunciados, dois serão implantados em Campinas (Toshiba Medical, com R$ 60 milhões) e Valinhos (Bionovis, R$ 500 milhões), totalizando R$ 560 milhões. O terceiro projeto, da Orygen, será implementado em São Carlos.
A segmento de saúde é um dos novos projetos setoriais da Investe São Paulo, a partir da entrada em vigor da lei que viabilizou a abertura, ao capital estrangeiro, da oferta de serviços à saúde, que vão desde a construção e gestão de hospitais à fabricação de equipamentos, entre outras atividades.
O presidente da Investe SP, o empresário campineiro Juan Quirós, lembra que foi aberta uma janela de oportunidade que pode tornar o Estado um centro de referência nacional e internacional de inovação de investimento na saúde. “É certo que conseguiremos captar grandes investidores para agregar experiências de sucesso ao setor de saúde paulista e brasileiro. Toda a cadeia será beneficiada, inclusive o setor de formação profissional e técnica”, explicou.
Para Juan, o aumento da oferta resultará em melhor qualidade e menor custo, tanto no setor privado quanto público, que poderá firmar PPPs (Parcerias Público-Privadas). “A população vai sentir, na ponta, o resultado deste investimento, que trará inovação na gestão hospitalar”, ressaltou.
Chamada de Projeto Saúde, a ação da Investe SP viabilizará investimentos na cadeia produtiva do setor privado, como o de máquinas e equipamentos médicos e hospitalares, insumos e fármacos, criando um novo ambiente de negócios.
Uma das principais expectativas é a contribuição que empresas de porte mundial poderão dar na gestão dos 46 hospitais filantrópicos do Estado de São Paulo. A mesma experiência poderá ser aplicada junto aos 568 estabelecimentos (133 deles públicos) de ensino voltados para a saúde.
A chegada de novas empresas, técnicas de gestão, produtos e equipamentos poderá dobrar rapidamente os recursos que financiam a saúde no Brasil. Hoje, 56% da atividade já é financiada pelo setor privado. O gasto do setor como um todo é de R$ 289 bilhões/ano, equivalente a 8% do Produto Interno Bruto (PIB), segundo o IBGE.

Os investidores estrangeiros, segundo Quiróz, terão interesse em São Paulo e no mercado brasileiro, que ainda tem muito a crescer. Os números do universo da saúde no Brasil mostram, por exemplo, que 38,3% dos fabricantes de equipamentos médicos e hospitalares estão no Estado de São Paulo, 13,1% em Minas Gerais e 7,1% no Rio Grande do Sul. São ao todo 3.670 empresas. No segmento da indústria farmacêutica do País, São Paulo abriga 72% dos fabricantes.

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