Empresa vai desenvolver
pesquisas na área de cana-de-açúcar
Apesar da economia em
retração, algumas empresas têm investido de olho no futuro. É o caso da multinacional de origem holandesa DSM. A empresa, que atua no segmento
de especialidades químicas, acaba de anunciar a instalação de um laboratório de
pesquisas com vistas a desenvolver uma tecnologia economicamente viável para
produção de etanol de segunda geração, a partir do bagaço da cana-de-açúcar, e
mais adiante, de biomateriais. A unidade começa a ser erguida na cidade de
Campinas, ainda neste ano.
A instalação do laboratório na Região
Metropolitana de Campinas (RMC) é o primeiro passo da multinacional em um novo
negócio no País, onde pretende desenvolver novos negócios na área de
biocombustíveis e de químicos produzidos a partir de fontes renováveis, a
partir da cana-de-açúcar.
No segmento de biocombustíveis, a DSM
já participa do mercado brasileiro como fornecedora da levedura industrial
utilizada pela GranBio na primeira usina brasileira de etanol obtido a partir
da palha da cana, inaugurada em Alagoas. Nos Estados Unidos, a própria DSM, em
parceria com a americana Poet, colocou em operação a primeira usina de
biocombustível em escala comercial daquele país, produzido partir de resíduos
da colheita de milho. "Agora, estamos trabalhando no desenvolvimento de
uma tecnologia viável para a cana", informou o presidente da DSM
América Latina, Maurício Adade.
No ano passado, a DSM faturou US$
1,25 bilhão na América Latina, dos quais entre 70% e 80% provenientes da
operação brasileira.
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